1. |
Namorada
03:41
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Não bateria à tua porta
Se não fosses tu, ó estrela polar
Queimo caprichos a toda a hora
Chama ardida de um fogo maior
Sorrisos tamanhos ao som de gaivotas
Que imitas durante a tarde lendária
É tão bom que custa sempre ir embora
Dizemos adeus à escola primária
Fura as ondas que embalo para ti
Dou-me inteiro, amanhã estamos aqui
Sintonizados na harmonia
Parte de mim não sabe acordar
Desejo é diferente de euforia
Curvas suaves de quem quer amar
Fura as ondas que embalo para ti
Dou-me inteiro, amanhã estamos aqui.
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2. |
Gosto Tanto de Ti
03:51
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Sabes, eu gosto tanto de ti
E nem sei bem explicar
Porque gosto tanto de ti
Até do respirar
Os olhos da cor da verdade inteira
Chamam-me à razão
Quando penteias o cabelo encantas ou embalas
Macio infinito esse
Que liberta fragrância de figo açucarado
Sabes, eu gosto tanto de ti
E nem sei bem explicar
Porque gosto tanto de ti
Até do respirar
Estás sempre do lado certo
Coração de cacau puro
O teu portento fez-me atravessar o deserto
Tanto gin para matar a sede
Até que enfim te tenho por perto
Ó reboco de parede
Ser feliz está ao alcance
De quem queres contagiar
Decorar buracos negros
Fazer deles o nosso lar
Vês em mim o que não vejo
Criatura encantada
Sabes, eu gosto tanto de ti
E nem sei bem explicar
Porque gosto tanto de ti
Até do respirar.
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3. |
Dor no Ombro
03:16
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Ai que dor tenho aqui no ombro
Foi de tanto te abraçar
Sim, está tão certo estarmos juntos
Ensinaste-me a amar
Quero viver tudo até ao fim
Neste amor de quem é tão doido por ti
Ai que dor tenho aqui no ombro
Passámos toda a noite a navegar
Sim, está tão certo estarmos juntos
É tramado despertar
Quero viver tudo até ao fim
Neste amor de quem é tão doido por ti
Chegar à rotunda, ver tanta saída
Ter de escolher a que for dona da razão
Sair da rotunda, tormento adiado
Os teus lábios são incontestável oração
Quero viver tudo até ao fim
Neste amor de que quem é tão doido por ti.
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4. |
Carrossel
03:37
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Abismo profundo
Perfume que perfura o que é perfeito
Rosas e prosas de um mundo
Servido em travessas e eu desfeito
Sou porco imundo
Se acenas acendes este canhão
Jornais banais que inundo
Nas águas desta minha compulsão
Entendo-me tão bem de madrugada
Despisto-me em silêncio nessa estrada
Agarro-me ao fundo
Perdoa se pernoito sem perdão
Desperto cresço incerto moribundo
É haste bem erguida, é tensão
Entendo-me tão bem de madrugada
Despisto-me em silêncio nessa estrada
Gritos confundo
Suspiro à sujeito suspeito
Má vida à la vagabundo
Nas terras a que tenho direito.
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5. |
Ballet
03:18
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Não sei dançar com regras
Deixo-me levar
Acabo por me mexer
Pés de chumbo velho
Pernas de alicate
E uma cintura em V
Contemporâneo dá cabo de mim
Sapateado não me tentem mais
Dança do ventre, Flamenco, Tango
“Diga um!” só há um estilo que me encanta
Reggaeton já me dá pena
Samba, Zumba e outros, vou lágrimas soltar
Valham-me as pontas, maillots e collants, fitas no cabelo
Programa lido num bom lugar
Ballet
Faço questão de dizer aos bons amigos que tenho: seria vigorante voltar a sair. Porém, contudo, no entanto, colem todo este corpo numa parede onde possa existir, sem que seja obrigado a ter de lidar com aqueles seres humanos que mais quero evitar e assim “Ah!! Que bela desculpa para não acenar!”
Não sei dançar com regras
Deixo-me levar
Acabo por me mexer
Pés de chumbo velho
Pernas de alicate
E uma cintura em V.
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6. |
Passarinho
03:36
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Um passarinho estava no ninho
Alimentado e sossegado
O passarinho de lá caiu
Para fora do ninho foi empurrado
O passarinho quase morreu
Da queda à terra ficou marcado
O passarinho ninguém o viu
Cansado, pequeno e magoado
Ser dramático é duro
Pra quem não vive com asas
Há que ver além do muro
Quem não sabe destrói casas
O passarinho era vermelho
Caiu do cais, para o barco errado
O passarinho estava com frio
Adormeceu desidratado
O passarinho quando acordou
Soube que à ilha tinha chegado
O passarinho acreditou
E lá ficou sem ter chorado
Ser dramático é duro
Pra quem não vive com asas
Há que ver além do muro
Quem não sabe destrói casas
Passarinho.
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7. |
Mãe
03:44
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Fiz-te crer que era doença
Olhar para cima de onde estou
Aceitaste-me na mesma
Pois vale a pena viver
Não te digo quanto vale
Talvez nem dê para contar
Esta fraqueza que me sabe atormentar
Mas vale a pena, vale a pena viver
O tempo corre de costas, Mãe
Ele corre e não se atrasa, Mãe
À porta estendes os braços, Mãe
És a guardadora da casa, Mãe
Faço contas para esquecer
Tanto lodo que te dei
Vamos poder voltar às mantas leves
Que o que falhou agora é história para escrever
Sem questionar, pois vale a pena
Acreditar que eu vim de ti
O tempo corre de costas, Mãe
Ele corre e não se atrasa, Mãe
À porta estendes os braços, Mãe
És a guardadora da casa, Mãe
Sempre foste uma lição
Mas eu não quis aprender
Se algum dia me faltares
Vou ser quem viste nascer
O tempo corre de costas, Mãe
Ele corre e não se atrasa, Mãe
À porta estendes os braços, Mãe
És a guardadora da casa, Mãe.
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8. |
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Um sonho onde cabem todos os sonhos
O caminho foi tão longo
Mas soubemos cá chegar
Um sonho onde cabem todos os sonhos
Os teus olhos são resguardos
E tu és o meu lugar
Maravilhas fazes tu, anjo-da-guarda
Esse sorriso nunca tarda
Alinhaste o que procuro
Ó Sol dás luz à lua de braço dado
Desces ao poço requintado
Tornas esta água pura
E eu não te vou deixar para trás
Um sonho de quem sabe sonhar os sonhos
As muralhas desta história
São de penas e algodão
Um sonho de quem sabe sonhar os sonhos
Andar à roda de mão dada
Sem ter medo da paixão
Maravilhas fazes tu, anjo-da-guarda
Esse sorriso nunca tarda
Alinhaste o que procuro
Ó Sol dás luz à lua de braço dado
Desces ao poço requintado
Tornas esta água pura
E eu não te vou deixar para trás.
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